Da Redação – Migrantes de varias nacionalidades temem ficarem presos indefinidamente na fronteira sul do México após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Muitos desses migrantes vieram da America do Sul e cruzaram o estreito de Darien, a faixa de terra entre o Panamá, na América Central e a Colombia, na América do Sul.
Em Tapachula, a principal cidade da fronteira do México com a Guatemala, cresce a preocupação entre os migrantes, como o equatoriano Pablo Carrera com a vitória de Trump na semana passada. “Como pessoa, como humano, que temos livre circulação para poder continuar avançando até a fronteira dos Estados Unidos, deixamos nosso país com esse objetivo”, disse o equatoriano a agência EFE de noticias.
Apenas no primeiro dia do mandato da Presidente do México, Claudia Sheinbaum, que teve inicio em 1o de outubro, seis migrantes do Egito, El Salvador e Peru foram mortos em Chiapas, no sul do Mexico, em decorrência de conflitos com elementos das forças armadas do mexicana. Segundo uma Pesquisa Nacional de Segurança Pública Urbana (ENSU-Mexico) do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi – Mexico) a região da fronteira sul é umas das regiões mais inseguras do país e em outubro deste ano o governo mexicano a militarizou toda a região.
Embora a detenção de pessoas indocumentadas na fronteira com os Estados Unidos esteja diminuindo, o México registrou um recorde de mais de 712.000 migrantes irregulares transitando pelo país no primeiro semestre deste ano, um aumento de 193% em relação ao ano anterior.
Temendo pressão de Trump, a ativista Rafael Alegría López, defensora da livre migração, pediu ao novo Governo mexicano “que oferecesse diferentes medidas que garantissem os direitos dos migrantes e acima de tudo, dar oportunidades para aqueles que querem ter uma chance de reconstruir suas vidas no México”, disse à EFE.