Da Redação – A Meta, dona de redes como Whatsapp, Instagram, Threads e Facebook, anunciou nesta terça-feira (7) que vai encerrar o seu programa de checagem de fatos. A medida faz parte de uma série de mudanças nas ações de moderação de conteúdo nas plataformas.
Em comunicado, a empresa justificou a medida afirmando que o sistema de verificação tornou as regras das suas redes sociais “muito restritivas e propensas à aplicação excessiva”. A nota foi assinada por Joel Kaplan, recém-nomeado chefe de política global da gigante de tecnologia.
O sistema de verificação de fatos da Meta foi implementado em 2016. Nele, os checadores identificam informações falsas publicadas nas redes da empresa e reduzem o alcance desses boatos, além de incluir uma notificação na publicação.
Esse sistema, conduzido por agências de checagem profissionais, será substituído por “notas da comunidade”. Isso significa que usuários serão responsáveis por checar fatos publicados e terão suas verificações avaliadas por outros usuários, como explicou o site G1. Esse novo método da Meta já é usado pelo X (ex-Twitter), de Elon Musk, apoiador de Donald Trump.
O sistema de verificações não é o único ponto de aproximação entre Zuckerberg e Musk. O dono da Meta adotou uma retórica muito próxima à de seu colega bilionário ao falar em “tribunais secretos na América Latina” e “institucionalização da censura na Europa”, registrou o jornal Folha de S.Paulo. No Brasil, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal tem adotado uma postura rígida contra postagens que consideram desinformação e discursos de ódios nas redes.
A mudança vai ocorrer primeiro nos Estados Unidos e foi anunciada a poucos dias da posse de Trump em 20 de janeiro, conforme lembrou o jornal americano The New York Times. Na segunda-feira (6), Zuckerberg já havia anunciado o empresário Dana White, do Ultimate Fighting Championship, como membro do Conselho de Administração da Meta. White é um amigo de longa data do presidente eleito dos EUA.
Veja abaixo: