Da Redação – O presidente Lula negou que a Venezuela viva uma ditadura. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ele disse que o país vizinho vive um ‘regime muito desagradável, um governo com viés autoritário’, mas disse entender não ser uma ditadura.
Lula, mais uma vez, disse não reconhecer Nicolás Maduro como vencedor das eleições, e falou, inclusive, que não concorda com a nota divulgada pelo partido dele, o Partido dos Trabalhadores, em que reconheceu Maduro como vencedor. Apesar disso, o presidente afirmou que ele não faz parte da direção do partido.
Mais uma vez, cobrou a divulgação das atas eleitorais de forma imparcial e voltou a sugerir novas eleições na Venezuela.
Emendas parlamentares
O presidente Lula também falou sobre outros assuntos na entrevista, entre eles a situação envolvendo as emendas parlamentares. Pela primeira vez, o petista disse que as emendas não podem ser individuais, que deveriam ser coletivas para toda bancada e compartilhadas com o governador do Estado.
Lula, mais uma vez, voltou a criticar a concentração de muito dinheiro nas emendas parlamentares e defendeu que os deputados acabam se ‘tornando viciados’ e ‘não querem abrir mão disso’.
O presidente disse acreditar que a taxa de juros deve cair nos próximos meses e que não há como defender uma taxa de juros ainda em 10% ao ano.
Ele não revelou quem vai indicar à presidência do Banco Central. Há expectativa de que ele indique Gabriel Galípolo, que era o número dois da fazenda de Fernando Haddad, mas que vai conversar primeiro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.