REUTERS – Imigrantes enfrentaram temperaturas congelantes na cidade fronteiriça do norte do México, Ciudad Juarez, enquanto aguardavam a oportunidade de cruzar para a cidade vizinha de El Paso no estado americano do Texas.
Um imigrante venezuelano disse à Reuters na quinta-feira (9) que gostaria que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, “prestasse atenção” às suas dificuldades, em vez de se concentrar em renomear o Golfo do México para Golfo da América. “Não estamos acostumados com o frio, então é muito difícil”, acrescentou.
Outro imigrante venezuelano, Luis Alonso Martinez, disse que muitos estrangeiros consideram retornar aos seus países.
“Queremos alcançar a imigração, mas não podemos porque eles não deixam e por causa de Donald Trump”, disse ele à Reuters.
Ao frio se soma “a incerteza” frente à posse do próximo presidente americano, Donald Trump, que prometeu recorrer ao Exército para realizar o controle migratório na fronteira e ameaçar fazer uma “deportação em massa” de imigrantes incidentados, conforme destacou Carlos Mayorga, pastor e voluntário do coletivo Ángeles Mensajeros, que distribui roupas, comida e café aos migrantes, a maioria da Venezuela e América Central, que não estão acostumados a temperaturas tão baixas.
Segundo o Serviço Meteorológico Nacional, as temperaturas negativas vão continuar no norte do México, chegando a -15°C em áreas montanhosas dos estados de Chihuahua e Durango.