Da Redação – A ativista climática, Greta Thunberg, foi alvo de críticas na Alemanha por sua posição unilateral a favor do Hamas nesta segunda-feira (13), um dia após pedir um “cessar-fogo” enquanto usava um kufiya(lenço) palestino branco e preto durante uma manifestação pelo clima em Amsterdã.
Depois que um homem tentou interrompê-la, a ativista sueca começou a declamar “não há justiça climática em terra ocupada” junto com os participantes.
“Greta Thunberg abusou da necessária e correta preocupação com a proteção do clima para adotar uma postura unilateral sobre o conflito Israel-Hamas, sobre o qual não nomeia os culpados, não condena as atrocidades absolutas do Hamas”, declarou Ricarda Lang, líder dos Verdes, aliado minoritário da coalizão de governo de Olaf Scholz. “De fato, com estas declarações desacreditou a si mesma como imagem do movimento pelo clima”, afirmou Lang.
É “triste que Greta Thunberg volte a empregar equivocadamente o cenário climático em seus próprios interesses”, indicou a embaixada de Israel na Alemanha no X (antigo Twitter).
Em 7 de outubro, milicianos do Hamas mataram 1.200 pessoas em Israel e sequestraram mais de 240, segundo as autoridades israelenses.
O movimento de Thunberg, ‘Sextas-feiras para o Futuro’, denunciou um suposto “genocídio” na Faixa de Gaza que é patrocinado por Israel contra o povo palestino.
Luisa Neubauer, que lidera o braço alemão do movimento climático, afirmou ao semanário Die Zeit estar “decepcionada” com a visão parcial de Thunberg e indicou que analisarão com quem continuarão “mantendo uma base para trabalhar partindo de valores comuns”.