JSNEWS – A menos de um ano das eleições presidenciais norte-americanas, embora outros nomes na disputa como o governador da Florida, Ron DeSantis, e o polémico empresário Vivek Ramaswamy que buscam a nomeação republicana, é o ex-Presidente Donald Trump que continua no topo das preferências para regressar à Casa Branca entre os republicanos.
E entre as varias promessas de Trump, que ele diz que vai por em pratica caso seja reeleito, está a intenção de retomar algumas políticas de imigração que ele já havia implementado em seu governo, como o programa ‘Permaneça no México’, que foram eliminados pelo atual presidente democrata Joe Biden. Além disso, o político republicano prometeu implementar uma série de novas ideias que constituem um polêmico plano de ação para conter a atual crise de imigração ilegal.
O que Trump diz sobre a imigração ilegal?
A estratégia de Trump para um possível novo mandato na presidência dos EUA inclui ordenar prisões em larga escala de pessoas sem documentos e a criação de campos de detenção, o que aliviaria a pressão sobre os atuais centros de Imigração e Alfândega (ICE), conforme uma reportagem recente do The New York Times.
“Para aqueles apaixonados por proteger nosso sistema de imigração… os primeiros 100 dias do governo Trump serão pura felicidade – seguidos por outros quatro anos da ação mais contundente”, disse anteriormente o conselheiro de Trump, Stephen Miller, à Axios.
Muro de Fronteira e Bloqueio Naval
O empresário que virou político tem seu foco principal na fronteira com o México, onde em seu primeiro mandato construiu mais de 700 quilômetros de muro fronteiriço. Se reeleito, ele disse que voltará a reforçar a divisão entre as duas nações.
Além disso, os novos planos de Trump incluem um bloqueio naval por meio da Guarda Costeira e da Marinha dos EUA para impedir que navios contrabandeiem drogas pelo mar vindos do México e de outros países latino-americanos.
Outras propostas relacionadas são designar cartéis de drogas como “combatentes inimigos ilegais”, o que poderia causar uma intervenção militar dos EUA no México com o objetivo de erradicá-los. Além disso, também contempla a possibilidade de ampliação da barreira flutuante no Rio Grande.
Restrições mais duras para incentivar a imigração legal
A abordagem de Trump não se limita a reforçar as fronteiras físicas. O plano para 2025 busca modificar os critérios de admissibilidade gerenciados pelos Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS), para impor novas restrições com base na ideologia, riqueza/pobreza, estafo de saúde e país de origem dos candidatos.
A intenção é fazer um escrutínio ideológico mais rigoroso para rejeitar os suspeitos de terem ‘ideais comunistas’ ou outras ideologias e crenças antiamericanas, bem como impor o conceito de “restrição muçulmana”, que impediria a entrada de pessoas provenientes de países específicos onde essa religião é professada e utilizada como incentivos a “atitudes violentas”.
Trump também está planejando uma vigilância mais intensa, incluindo a revisão de históricos de mídia social e exigindo comprovante de seguro de saúde. Além disso, a cooperação do Federal Bureau of Investigation (FBI), bem como da Drug Enforcement Administration (DEA) e da Guarda Nacional serão usados para auxiliar na detenção de imigrantes sem documentos, tato na fronteira quanto no interior d pais.
A separação das famílias, em disputa
Embora o ex-presidente tenha repetidamente deixado a possibilidade de retomar a polêmica política de tolerância zero que foi aplicada em 2018 e causou a separação de famílias na fronteira dos EUA com o México, a medida drástica levanta dúvidas até mesmo entre seus aliados e ex-funcionários.
“A separação familiar que resultou da tolerância zero causou um alvoroço no país. A melhor maneira de fazer isso é mantê-los juntos em uma instalação residencial”, disse Tom Homan, ex-funcionário da imigração de Trump à Reuters.
Além disso, Trump propõe o fim da cidadania de nascimento para filhos de imigrantes indocumentados e a possibilidade de expulsar rapidamente migrantes com laços com gangues, contrabandistas e outros criminosos, com base na aplicação da antiga Lei de Estrangeiros e Sedição de 1789.
O DACA chegará ao fim?
A possibilidade de Trump retornar como presidente dos EUA também significaria mudanças no programa de Ação Diferida para Chegadas na Infância, mais conhecido como DACA, que protege da deportação as pessoas que chegaram ilegalmente aos Estados Unidos quando crianças e concede a elas permissões de trabalho.
Durante seu primeiro mandato, o republicano travou uma batalha legal para eliminar o DACA que foi implementada por seu antecessor Barack Obama.