Da Redação – Durante esta semana, o caso da brasileira Claudia de Albuquerque Celada, de 23 anos, ganhou repercussão devido ao diagnóstico de botulismo, uma condição neuroparalítica grave e pouco comum, durante a realização de um intercâmbio em Aspen, no estado americano do Colorado.
O caso chama a atenção por causa da rápida progressão da doença, que deixou Claudia com o corpo paralisado e com a respiração comprometida. A irmã dela, Luísa Albuquerque, usou as redes sociais para detalhar o caso. De acordo com ela, Claudia foi internada em 17 de fevereiro de 2024.
“Ela tomou banho, jantou e foi tentar dormir, mas começou a sentir falta de ar, visão embaçada e tontura. Ela enviou mensagens para algumas amigas irem ao apartamento dela, mas, infelizmente, por causa do horário, só viram as mensagens na manhã seguinte”, relatou Luísa.
“Quando elas chegaram, a dificuldade de respirar já era muito maior e já havia um início de paralisação facial. Ela foi levada para o hospital e, pouco depois, já estava com 100% do corpo paralisado”, acrescentou.
De acordo com a agencia Globo de noticias, o hospital onde Claudia está internada decidiu custear da UTI aérea ao Brasil para continuar o tratamento. O transporte por UTI aérea tem um custo estimado em cerca de US$ 200 mil. A informação foi divulgada pela irmã da brasileira nessa quarta-feira,17. Até então, a família realizava uma vaquinha para arrecadar fundos a fim de pagar a transferência. O dinheiro agora será revertido para quitar a dívida com a internação.
Cada diária hospitalar onde a estudante está internada custa aproximadamente US$ 10 mil, e após exatos 60 dias, o valor da internação pode ultrapassar a US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,5 milhões na atual cotação).
“Para a conta do hospital não aumentar, a gente começou a trabalhar com a possibilidade de ela ser transferida via UTI aérea para o Brasil. Ela ainda não tinha liberação para isso, todas as equipes médicas já haviam liberado menos o pneumologista. Mas ontem (dia 15), ele liberou ela para ser transferida. Nós só precisamos acertar todos os detalhes da ambulância para levá-la”, afirmou Luisa à agencia Globo de Noticias.
De acordo com Luisa, o hospital resolveu custear a viagem. Em vídeo publicado no Instagram, na última terça-feira, ela afirma que a assistente social, que atende o caso, disse à família que a instituição tenta diminuir os gastos da viagem fazendo com que os profissionais a façam voluntariamente.
“O hospital decidiu arcar com os custos dessa transferência aérea. Para eles, vai sair mais barato levá-la para o Brasil do que manter por mais três, quatro ou seis meses que seja, enquanto não pode respirar completamente sem a ajuda dos aparelhos”, disse Luisa.
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