Eliana Pereira Ignacio – Ola meus caros leitores, nesta época natalina, nada melhor do que falar sobre Paz e Amor, hoje trago este tema como reflexão. O amor-próprio- que frequentemente é retratado como um conceito simples, mas na realidade, é um dos pilares mais profundos da nossa saúde emocional e do bem-estar geral.
Quando falamos de amor-próprio, estamos nos referindo à capacidade de nos aceitar e cuidar de nós mesmos, com todas as nossas virtudes e imperfeições. No entanto, o amor-próprio não se limita apenas a um sentimento de autocompaixão ou autoestima; ele também envolve a habilidade de dar e receber amor de maneira equilibrada e saudável. Ao longo deste artigo, exploraremos como o amor- -próprio não é apenas uma forma de autossustento emocional, mas também a base necessária para alcançarmos a verdadeira paz interior e para estabelecermos relações significativas com os outros.
A relação entre amor-próprio e paz interior
A paz interior é algo que todos buscamos, seja de forma consciente ou não. Vivemos em um mundo que muitas vezes nos pressiona a cumprir expectativas externas, o que pode nos afastar de nossa essência verdadeira e de nossa capacidade de cultivar a paz interior.
Muitas pessoas buscam essa paz em fontes externas, como no reconhecimento social, na conquista de bens materiais ou até mesmo em relacionamentos, mas a verdadeira paz nasce do interior.
Uma das maneiras mais poderosas de alcançar a paz interior é através do amor-próprio. Isso porque, quando nos aceitamos de verdade, com nossas falhas e qualidades, nos libertamos da constante necessidade de validação externa. O amor-próprio nos ensina a ser gentis conosco mesmos, a perdoar-nos pelos nossos erros e a aprender com as nossas falhas, ao invés de nos punirmos por elas. Essa autocompreensão e aceitação são fundamentais para que possamos atingir uma sensação de tranquilidade interna, independentemente das circunstâncias externas.
O amor como necessidade essencial
O amor não é apenas uma emoção ou um sentimento efêmero; ele é uma necessidade fundamental do ser humano. Estudos mostram que a ausência de afeto e conexão emocional pode levar a sérios problemas de saúde mental e física. O ser humano é, por natureza, um ser social e afetivo, e o amor — tanto o amor próprio quanto o amor compartilhado com os outros — é essencial para o nosso bem-estar psicológico. Entretanto, para dar e receber amor de forma plena, é necessário primeiro que tenhamos amor-próprio. Quando nos amamos, somos capazes de cultivar uma base emocional estável que nos permite abrir nosso coração aos outros.
Quando estamos em sintonia com nossas próprias necessidades e limites, conseguimos respeitar os limites do outro e estabelecer uma troca amorosa mais saudável. Muitas pessoas, ao se dedicarem ao amor ao próximo, acabam se esquecendo de si mesmas. Elas colocam as necessidades dos outros à frente das suas próprias, o que pode gerar sentimentos de cansaço, frustração e até ressentimento. No entanto, dar amor sem uma base de amor-próprio suficiente para nos sustentar pode levar a relações desequilibradas, onde um dos lados acaba sendo sobrecarregado.
Por isso, aprender a cultivar o amor-próprio não é apenas uma questão de bem-estar pessoal, mas também uma maneira de criar relações mais saudáveis e enriquecedoras.
A necessidade de abrir o coração
Para amar os outros de forma genuína, é necessário abrir o coração. Isso envolve vulnerabilidade, uma qualidade muitas vezes temida, mas essencial para estabelecer conexões profundas com o outro. Quando nos fechamos emocionalmente, seja por medo de rejeição ou por insegurança, dificultamos a troca verdadeira de amor.
Abrir o coração não significa se expor de maneira imprudente, mas sim estar disposto a se mostrar como realmente somos, com nossas fragilidades e forças.
Ao abrir o coração, criamos espaço para a empatia, para o cuidado e para a compreensão mútua. Esse processo começa com o amor-próprio: ao nos conhecermos melhor e nos aceitarmos, podemos nos permitir mostrar nossa verdadeira essência, sem medo de sermos julgados ou rejeitados. Quando estamos em paz consigo mesmos, a abertura para o outro se torna uma extensão natural dessa paz interior. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável.
Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção. Salmos 139:14
Até a próxima semana!!
Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualificações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jornaldossportsusa.com